Jogospectiva 2021

Belmonteiro
31 min readDec 23, 2021

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E a melhor parte é que nessa lista toda só tem 3 jogos desse ano

Chegou ao fim mais um ano e é hora de fazer a minha primeira lista anual de jogos zerados. Eu tinha planos de fazer uma em 2020, só que deixei tudo pra última hora e quando vi a quantidade de jogo que eu teria que comentar o desânimo me venceu. Aprendendo com meus erros, pelo menos uma vez na vida, dessa vez fui fazendo a lista ao longo do ano. Foram no total 70 jogos diferentes que vocês podem conferir abaixo e em seguida irei comentar sobre cada um deles.

OBS: no título de cada jogo eu linkei as suas respectivas threads que escrevi no meu perfil do Twitter. Lá é onde estou sempre comentando das minhas experiências antigas e recentes. Caso queira conferir saber mais das minhas opiniões sobre o determinado jogo basta clicar no título.

1. DRAKENSANG — THE RIVER OF TIME (2010)

Abri 2021 revisitando este que é um dos meus RPGs favoritos da vida. Ele é ambientado no universo de The Dark Eye, um popular RPG alemão, e segue muito fielmente as regras de RPGs de caneta e papel. Drakensang foi desenvolvido pela Radon Labs que infelizmente declarou falência no mesmo ano que o jogo foi lançado e assim a série permanece até hoje com apenas dois títulos: The Dark Eye e The River of Time, que serve de prequel ao jogo anterior. É um universo muito rico em detalhes, recheado de quests e com cenários muito lindos e que dá gosto de explorar. Mesmo as chances de uma nova continuação serem baixas, eu recomendo bastante que deem uma chance para esse título.

2. THE DARK EYE — CHAINS OF SATINAV (2012)

Depois de zerar The River of Time de novo, eu parti para uma proposta diferente de jogo. Chains of Satinav foi desenvolvido pela Daedalic Entertainment, um estúdio alemão conhecido por jogos de aventura point & click, que também se passa no universo de The Dark Eye. Com uma arte que transmite muito a sensação de cenários de livros de RPG, Chains of Satinav é uma boa aventura gráfica com uma história repleta de elementos fantásticos e um bom desenvolvido de personagem, com uma clássica jornada do herói que tem pitada trágica na sua narrativa.

3. CASTLEVANIA — ORDER OF ECCLESIA (2008)

Ali na primeira metade de 2020 eu comecei uma grande maratona de Castlevania, jogando diversos títulos das diferentes eras da franquia. Entretanto Order of Ecclesia foi um dos que fiquei devendo porque depois de um tempo eu saturei da série e fiquei de abstinência por uns meses. Apesar do jogo não fazer nada que eu tenha achado excepcional comparado com os outros títulos dos portáteis como Circle of the Moon e Aria of Sorrow, o Order of Ecclesia é bem competente e a mudança para uma jogabilidade mais linear foi bem-vinda. Se eu tenho um defeito pra botar nele é que o jogo se estende demais e acaba repetindo vários mapas só para encher linguiça.

4. FINDING PARADISE (2017)

To The Moon foi uma das experiências mais emocionantes e de partir o coração que eu já tive com qualquer obra, seja filme, serio ou jogo, e cheguei ao final dele derramando lágrimas sem parar. E essa sequência faz jus ao seu legado. Brincando com a própria estrutura do universo construído em To The Moon, Finding Paradise mantém a qualidade em todos os aspectos técnicos e narrativos. Destaque pra mais outra brilhante performance da cantora Laura Shigihara que pela segunda vez conseguiu me fazer chorar feito um bebê. E que venha o terceiro episódio (continua descendo na lista que você chega nele). Já reservei os lenços.

5. MEGA MAN ZERO 3 (2004)

Me tornei um grande fã da série Mega Man Zero bem no começo de 2020 e ela acabou por se tornar a minha favorita de toda a franquia de Mega Man. O terceiro capítulo mantém a qualidade que a série estabeleceu com os primeiros títulos e, mesmo não trazendo muita coisa nova, temuma jogabilidade competente, que sabe equilibrar a dificuldade de forma que o jogo não pareça injusto. O que vale destacar é o que continua como o melhor aspecto de Mega Man Zero: sua história com um contexto político bem interessante vivido por personagens marcantes que agregam muito à trama.

6. A LENDA DO HERÓI (2016)

Numa parceria com o estúdio brasileiro Dumativa, os Irmãos Castro adaptaram para os jogos a sua série homônima de animações do YouTube: A Lenda do Herói. Como jogo de plataforma eu achei ele um bom representante do gênero, apesar de ser pouquíssimo desafiador, bota pouquíssimo nisso, e os visuais são muito bonitos. Porém o conceito de história cAntada (sim, com A) funciona melhor em vídeos curtos de alguns minutos do que para jogos com horas e mais horas de gameplay. Nas primeiras fases do jogo essa gimmick já tinha me enchido o saco e no final estava quase insuportável. Por vários momentos eu flertei com a ideia de desligar o som do PC. Por outro lado, absolutamente amei os trocadilhos do jogo. Me julguem!

7. WONDER BOY IN MONSTER WORLD (1991)

Para fazer uma dobradinha com A Lenda do Herói , resolvi seguir com Wonder Boy in Monster World que foi claramente uma das suas grandes inspirações para o jogo dos Irmãos Castro. Apesar de não se destacar muito entre outros plataformas da sua época (e até mesmo dentro da sua própria série) Wonder Boy in Monster World tem uma simplicidade charmosa de jogo antigo, um enorme apelo nostálgico e entrega uma aventura direta e descontraída que consegue manter o jogador entretido do começo até quase o fim. Quase porque aquele último boss é um vacilo dificuldade que podemos culpar a localização americana por tal ato.

8. MOTHER/EARTHBOUND BEGINNINGS (1989)

Criatividade! Muita criatividade!! Criatividade para caralho!!! Esse é de longe o ponto mais forte da série Mother e no seu primeiro título ela já mostra muito disso. Com muito bom humor e uma estética que remete à ficção científica americana dos anos 50/60, o primeiro Mother continua uma ótima aventura que dá pra tirar muito proveito da experiência mesmo 30 anos depois do seu lançamento. Longe de ser perfeita e tem vários problemas dos jogos da época, mas vale a pena conhecê-lo.

9. ÁRIDA — BACKLAND’S AWAKENING (2019)

Árida me cativou pela sua ambientação e referências, tanto históricas quanto culturais, do sertão nordestino. Porém, se tratando da jogabilidade o jogo deixa desejar. Por falta de palavra melhor, ela é muito básica. O gameplay não dura mais que algumas horas e não há muito que se fazer ou explorar além de umas missões curtas. O sentimento que fica é que o um jogo é um extenso tutorial. Contudo, acredito que o jogo tem bastante potencial em Árida, principalmente no ponto de vista narrativo pela jornada da protagonista Cícera, mas é necessário trazer boas melhorias na jogabilidade no próximo jogo da série para conseguir segurar o jogador até o fim.

10. TITAN SOULS (2015)

No começo eu gostei bastante de Titan Souls. Apesar da falta de contexto para a história, os seus visuais e a boa dose de desafio que o jogo apresenta me mantiveram engajado no gameplay. Só que com o tempo, conforme as batalhas foram exigindo um timing mais específico para acertar os titãs, o jogo me passou a sensação que tudo dependia mais da minha sorte de estar no lugar certo e na hora certa do que de habilidade. Isso tirou por demais a minha satisfação ao vencer os titãs. Cada vez que eu derrotava um novo a sensação que eu ficava era que tinha sido apenas por causa de um tiro de sorte. A última luta então foi exatamente isso e até hoje me incomoda. Não acho o jogo ruim, só não foi tão proveitoso como eu pensei que ele seria.

11. EARTHBOUND/MOTHER 2 (1994)

Nunca foi tão fácil falar de um jogo: é Mother só que muito melhor! Sério, EarhBound evoluiu bastante tanto na qualidade técnica quanto na narrativa do jogo em comparação com o primeiro. O jogo transmite uma sensação gostosa de nostalgia, muita graças a uma fantástica e bem pensada trilhada sonora, que é maravilhosamente amarrada no desfecho da história com um ciclo temático fechadinho. Recomendo fazer uma dobradinha desse com o primeiro, apesar de não ser tão necessário já que são histórias distintas e se conectam mais pelo tom do que pela trama.

12. PEPSIMAN (1999)

É claro que eu depois de gostar tanto de EarthBound eu seguiria com uma tremenda decepção, pois equilíbrio é tudo nessa vida. Pepsiman foi um jogo que eu costumava jogar na casa de um amigo quando éramos mais jovens e lembro que a gente se divertia muito com a tosquice do jogo. Não que achássemos ele tão bom assim, mas conseguia nos entreter bastante e foi lembrando disso que decidi jogá-lo novamente depois de velho. E reviver essas memórias foi um erro! Eu não esperava muito do jogo, afinal é só um enorme comercial da Pepsi, mas mesmo com isso em mente não consegui deixar de me decepcionar com a trilha sonora repetitiva e irritante, controles ruins e dificuldade completamente desbalanceada, tanto pelos controles como pelo level design e o “script” da fase que é facilmente quebrável.

13. RESIDENT EVIL REMAKE — HD REMASTER (2015)

Eu já esperava gostar do remake de Resident Evil 1, mas não achei que iria gostar tanto assim. É um perfeito exemplo de remake que conseguiu superar, e muito, o original. As melhorias gráficas são notáveis e bem-vindas, mas o que vale destacar é como o remake engrandece experiência do primeiro jogo tanto na sua jogabilidade, adicionando novas mecânicas e aprimorando as já existentes, quanta na atmosfera que consegue ser mais claustrofóbica e tensa do que no original. A iluminação então, é de dar aula! Se existe uma lista de melhores remakes já feitos por aí, Resident Evil certamente está entre um dos nomes do topo. Se não tiver, me avise que eu vou reclamar com quem escreveu.

14. SHINING IN THE DARKNESS (1991)

Mais um pra lista dos jogos que decidi revistar em 2021 (e ainda terá mais alguns títulos no decorrer dessa jogospectiva). Eu tenho uma conexão muito forte com a série Shining pois sempre fui apaixonado pela sua estética e o Shining in the Darkness é um dos poucos RPGs que seguem o formato de dungeon crawler que eu legitimamente gosto. É um jogo que demanda muito da sua paciência, não só pelo tamanho dos labirintos como também por quão fácil é se perder por eles. Fora as idas e vindas que você é obrigado a fazer o tempo todo que deixam o ritmo do jogo “icebergamente” arrastado. Mas para quem curte esse gênero, Shining in the Darkness é um prato cheio e com muita personalidade.

15. THE LEGEND OF ZELDA (1986)

Aproveitando os 35 anos de existência de The Legend of Zelda, e também minha grande curiosidade em testar jogos antigos, resolvi desbravar o passado dessa mais que icônica franquia. O primeiro título de The Legend of Zelda foi muito interessante de se jogar. Não pelo jogo em si, mas por como eu pude entender como ele estabeleceu vários elementos que iriam influenciar não só no futuro da franquia mas como também nos jogos do gênero que surgiriam no futuro. E The Legend of Zelda tem qualidades que considero atemporais. É um jogo que alimenta constantemente seu senso de aventura e descoberta e que faz vale a experiência de jogá-lo mesmo depois de três décadas de evolução. Eu não falei algo parecido em Mother? Bem, são muitos jogos para listar então haverá muita repetição.

16. SHINING THE HOLY ARK (1996):

Sempre que eu tô num novo jogo que faz parte de alguma franquia eu acabo dando uma pesquisada sobre ela. Então, enquanto eu jogava o Shining in the Darkness, eu resolvi dar uma olhada na lista de jogos da série Shining e me deparei com esse título para o Sega Saturn. Depois de uma árdua batalha pra conseguir emular o console, finalmente consegui jogá-lo e fiquei muito satisfeito. Shining the Holy Ark é uma tremenda evolução do Shining in the Darkness em todos os sentidos e fez boas adições a jogabilidade que tornam a experiência muito melhor que a do seu antecessor. A história não é grandes coisas e você já viu essa narrativa em diversos outros jogos da época, mas apreciei o uso de temas religiosos neste.

17. RIVER CITY RANSOM EX (2004):

River City Ransom é um clássico do NES e do gênero de beat’em up por ter sido um dos primeiros a combinar a sua jogabilidade com elementos de RPG. Sendo honesto eu gostei bem mais desse “remake”, que dá para dizer que é mais um remaster para o GBA, do que o River City Ransom original ,apesar de eu ter alguns problemas com o design geral do jogo. Os sprites e animações ficaram ótimos, ainda mais por terem mantido os designs originais, e o combate é bem mais fluido. Arrisco a dizer que hoje, para um público que desconhece completamente esse título, ele é até uma experiência muito melhor para se iniciar na série Kunio-kun do que clássico do NES.

18. LITTLE NIGHTMARES (2017):

Terror se tornou uma paixão minha desde que eu criei mais coragem para o gênero e adoro testar qualquer jogo que venha com uma proposta nesse estilo. Portanto fui revisitar mais um jogo que já tinha zerado faz anos. Little Nightmares é um favorito meu pela sua ótima mistura de tudo que eu gosto: jogo de plataforma, terror e fantasia. A jogabilidade é apresentada de uma maneira bem natural ao jogador mesmo que este nunca tenha tido contato com o gênero de plataforma (o que eu acho meio impossível, mas nunca se sabe, né?). Você pega rapidamente o que precisa ser feito apenas com dicas visuais observando o cenário. E a forma como a narrativa é conduzida, como se fosse um quebra-cabeça que você tem que montar, abre um leque pra muitas e teorias sobre o universo do jogo e suas alegorias.

19. LAPLACE’S DEMON (1995):

Me recomendaram Laplace’s Demon lá no Twitter, um JRPG que eu desconhecia porque nunca chegou a ser lançado aqui no ocidente. Com grandes inspirações em Call of Cthulhu, o jogo enfatiza bastante o lado de RPG de mesa com uma direção artística que segue bastante a estética gótica e uma atmosfera construída com alguns elementos de terror cósmico. Apesar de um ritmo muito lento, foi um RPG que conseguiu me agradar bastante na sua ambientação e narrativa.

20. MEGA MAN ZERO 4 (2005):

Fechei a série Zero de vez e definitivamente ela é a minha favorita de todas as que eu joguei na franquia de Mega Man. Tal como o terceiro, esse capítulo não adicionou muita coisa que seus antecessores já não tinham apresentado em termos de jogabilidade, level design, trilha sonora, etc. É o padrão de qualidade normal da franquia. Mas se tratando da história, foi um desfecho muito bom para a trama que foi construída ao longo da série e um final digno para o personagem do Zero.

21. DINO CRISIS 2 (2000):

Uns quinze anos depois e eu continuo gostando de Dino Crisis 2 da mesma forma que gostei durante o início da minha adolescência. Acho que até mais, agora que posso ver o quão a sequência melhorou essa curta série ao deixar de ser apenas um Resident Evil com dinossauros. Carregado com muita ação e um ritmo frenético, é um jogo que nunca para e você não sente ele ficar repetitivo, mesmo com a jogabilidade não varie muito ao longo do jogo. Dino Crisis 2 trouxe um novo potencial pra série que infelizmente a Capcom não soube aproveitar.

22. THE DARK EYE — MEMORIA (2013):

Sequência de Chains of Satinav, Memoria conseguiu me agradar ainda mais que o seu antecessor. Gostei como o jogo consegue balancear bem entre duas linhas do tempo distinta e como o Geron de fato evoluiu de um jogo para o outro. A nova personagem, Sadja, foi uma adesão interessante e a história dela carrega tanto o núcleo do mistério e o emocional da trama. A arte continua maravilhosa, de encher os olhos, e mais uma vez fizeram um ótimo trabalho na dublagem. Até mesmo os puzzles melhoraram ficando bem mais intuitivos. Minha única tristeza é não ter um terceiro capítulo nessa saga.

23. VIGILANTE (1988):

Apesar de uns visuais muito bonitos pro Master System, Vigilante não tem nenhuma outra qualidade redentora. É um beat’em up genérico, o mais sem sal possível que se possa imaginar, com um hitbox todo zoado e animações travadonas. Talvez o original do Arcade seja bem melhor na questão técnica, mas se tratando dessa versão do console, seu tempo pode ser melhor investido em outra coisa.

24. SUPER CASTLEVANIA IV (1991):

Apesar de ser um remake do primeiro Castlevania, Super Castlevania IV poderia ser facilmente uma nova sequência na série (e não é à toa que a localização americana fez exatamente isso) com o tanto de novidade que trouxe para o clássico de 1986. Fora as maravilhosas melhorias gráficas e o potencial que o Mode 7 do SNES trouxe, o jogo melhora absurdamente a jogabilidade que, combinada com um ótimo level design, transforma Super Castlevania IV numa das experiências mais sólidas de Classicvania.

25. RULE OF ROSE (2006):

Tá aí um jogo que é complicado de explicar meus sentimentos com ele. Se por um lado eu adorei a atmosfera de terror psicológico e a história intrigante sobre o passado traumático de Jennifer, por outro lado eu detestei a jogabilidade em todos seus aspectos, desde o combate horrível e os puzzles sem graça. É um jogo que ou você ama ou odeia e de alguma forma eu consegui ficar num meio termo com ele. É uma experiência válida, porém arriscada de se tomar.

26. CLOCK TOWER(1995):

Clock Tower (que erroneamente chamei de The First Fear, que é a versão de PS1 só que joguei a de SNES) não é um jogo aterrorizante, mas consegue construir muito bem a atmosfera de um filme slasher com pitadas de terror sobrenatural, com muitas referências aos filmes do Dario Argento. O jogo tem um caráter bem cinematográfico com seus visuais e trilha sonora, mas, como jogo de aventura point & click eu não achei grandes coisas. Contudo é uma boa experiência pra quem quer conhecer mais da história do terror nos jogos.

27. MOTHER 3 (2006):

Hmm, o que será que vou dizer de Mother 3 após tudo que eu já falei do 1 e do 2? Pouparei vocês da rasgação de seda excessiva e me limitarei a dizer que essa foi uma das experiências mais divertidamente hilárias e genuinamente tocantes que eu já tive em relação a jogos e recomendo a qualquer um experimentá-la também.

28. OKAMI (2006):

Por mais de uma década eu enrolei pra jogar Okami que arrependimento eu tenho de ter levado tanto tempo conhecer o que se tornou o meu jogo de ação-aventura favorito da vida. Dá pra ficar horas falando o que torna Okami tão incrível, desde da sua narrativa épica baseada nas lendas do xintoísmo até sua maravilhosa arte inspirada no Ukiyo-ê. Mas o que torna Okami maravilhoso pra mim é a sinergia com a qual todos os aspectos do jogo, sejam narrativos, técnicos ou de jogabilidade, se alinham perfeitamente com a temática da história bem e se complementam. Mais um pra lista de jogos que você DEVE jogar na vida!

29. THE FRIENDS OF RINGO ISHIKAWA (2018):

Se alguém me dissesse que um dia eu ia encontrar um beat’em up que me faria pensar profundamente na vida eu diria que essa pessoa estava maluca. Mas foi exatamente isso que The friends of Ringo Ishikawa me levou a fazer. Com um tom melancólico, o jogo trata da cultura da delinquência juvenil com muita sinceridade e levanta ótimas questões sobre amadurecimento e existencialismo. Pode não ser a experiência que muitos esperariam de um jogo do gênero, mas com certeza é uma das mais marcantes.

30. RAKUEN (2017):

Eu já imaginava que Rakuen iria me emocionar já que as perfomances de Laura Shigihara me tocaram muito em To The Moon e Finding Paradise. Me surpreendi que ele se mostrou tão habilidosa no quesito emocionar escrevendo este jogo quanto cantando. Uma história muito bonita que, mesmo pelo tema carregado de sofrimento e tristeza, consegue manter uma visão otimista e esperançosa da vida.

31. CLOCK TOWER (1996):

Em uma palavra: detestei! Uma sequência que perde todo o charme dos visuais do jogo anterior por conta de uma modelagem 3D que ainda precisava evoluir muito, cujo roteiro e ações dos personagens são forçados demais pra justificar a trama sem um pingo de mistério e uma jogabilidade que não chegou a evoluir nada do original. Só isso que tenho pra dizer.

32. CRYPT STALKER (2020):

Uma agradável experiência retrô que resgata os sentimentos das épocas mais simples dos jogos de plataforma. Bem competente, apesar de se manter muito na sua zona de conforto. Tem a dose certa de desafio, com apenas uma fase ou outra que deixa se estender por mais do que deveria. Pra quem busca por uma experiência cheia de nostalgia por Castlevania ou outros clássicos de plataforma, esse é um prato cheio!

33. DEUS EX — MANKIND DIVIDED (2016):

Me tornei um apreciador de jogos stealth graças a Deus Ex: Human Revolution e há tempos que eu aguardava ansioso pra arrumar meu PC e dar continuidade a história em Mankind Divided. Considerando o tanto que eu curti o jogo anterior, a sua sequência superou minhas expectativas e entregou outra ótima história para a saga de Adam Jensen. Apesar de eu achar que em alguns momentos o jogo peca pelo excesso, é indiscutível que a ambientação cyberpunk, os temas apresentados e a jogabilidade entregam uma ótima experiência.

34. SUPER MARIO WORLD (1990):

Essa aqui é um dívida que estava pendente desde a minha infância e que finalmente paguei. Super Mario World é a quintessência no que tange jogos de plataforma clássicos. A qualidade está presente em todos os aspectos do jogos: gráficos, música, jogabilidade, level design, etc. O que mais me cativou foi o senso de aventura que ele proporciona, algo como The Legend of Zelda, onde sempre tem um novo segredo pra descobrir entre as fases.
35. DEADEUS (2019):

Um curioso jogo indie feito dentro das limitações que do Game Boy. Me impressionou pela estética e a atmosfera que o jogo consegue criar, além dos temas de histeria coletiva e seitas apocalípticas que eu acho interessante. Porém deixou a desejar um pouco na parte de aventura do jogo, com puzzles muito triviais e com pouquíssimo valor de replay mesmo com a proposta de 11 finais diferentes.

36. FATAL FRAME — MASK OF THE LUNAR ECLIPSE (2008):

Aproveitando que foi anunciado um remaster do Fatal Frame: Maiden of Black Water, resolvi jogar o quarto título da franquia. No geral achei um bom jogo de terror, apesar de achar que todos os acertos do jogo são mais por conta de tudo que série já conseguiu estabelecer do que seu mérito próprio. Sem contar que ele tem um dos piores, se não o pior, controles entre todos os Fatal Frames e tem uma história muito embolada. Não desgostei, porém também não fiquei impressionado com nada nele.

37. CAVERNA DO DRAGÃO (2021):

Como Caverna do Dragão marcou forte presença na minha infância eu me vi obrigado a zerar o fangame beat’em up feito pelo Zvitor e lançado esse ano. Tem uma forte influência de clássicos do gênero como The King of Dragons (cujo os gráficos do jogos são ripados em sua maioria de versão de Arcade desse título) e Golden Axe. Apesar de uma dificuldade um tanto quebrada, tem um gameplay interessante com muitas referências para os fãs do desenho.

38. VAGRANT STORY (2000):

“Por que não joguei isso antes?”, foi o pensamento que cruzou a minha cabeça depois que zerei Vagrant Story. Um Clássico, com letra maiúscula, do PS1 que me surpreendeu pela qualidade dos gráficos pra época, com modelos com muita expressividade e articulação nos movimentos, uma jogabilidade mais tática e altamente viciante (apesar de ser um pouco complexa e exigir um certo investimento por parte do jogador para compreendê-la) e a narrativa cheia de mistérios que vão revelando aos poucos de forma muito intrigante. Sem dúvidas uma das melhores experiências com jogos que eu tive esse ano

39. THE KING OF DRAGONS (1991/1994):

Ótimo beat’em up do início da década de 90 que tem um sistema de evolução de personagem tipo de RPGs que dá um diferencial pra sua jogabilidade. Com bastante desafio e um ótimo valor de replay com as diferentes classes disponíveis, The King of Dragons é uma das melhores clássicos do seu gênero e acho que vale a pena testar tanto a versão de SNES quanto o original do Arcade, essa ficando um tanto fácil nos emuladores pelas fichas infinitas que temos.

40. STREETS OF RAGE (1991):

Mais um clássico dos beat’em ups noventistas e outra dívida que eu tinha com a minha infância que agora está paga. Posso não ter curtido tanto quanto The King of Dragons, mas sem dúvidas deu pra perceber o que fez Streets of Rage uma referência no assunto “briga de rua”. Incrível a energia desse jogo e envelheceu muito bem. Ao menos, melhor do que Golden Axe!

41. STREETS OF RAGE 2 (1992):

Não tem nem o que falar desse jogo que não seja “FODA!”. Streets of Rage 2 conseguiu evoluir absurdamente do original, com uma jogabilidade mais enérgica e uma progressão de jogo muito melhor. A transição pra diferentes cenários, as animações mais fluidas, golpes, inimigos, etc; tudo foi melhorado criando um dos melhores beat’em ups não apenas do Mega Drive, mas da história.

42. CRASH BANDICOOT (1996):

Mais uma dívida com a minha infância paga! Sou muito suspeito pra falar de Crash Bandicoot já que ele foi um dos meus jogos favoritos do PS1. Mesmo que por vezes eu ache que ele é mais difícil do que precisava ser, é impossível não ser conquistado pelo carisma do personagem e uma trilha sonora que até hoje está marcada no meu DNA.

43. UNDERTALE (2015):

2021 tá sendo um ano muito bom pra eu redescobrir meu gosto pro RPGs eletrônicos. Agora na lista dos meus favoritos da vida, que fica maior todo ano, Undertale tem seu destaque. Mais do que a criatividade do sistema de batalha, o que verdadeiramente me impressionou no jogo foram seus personagens e como Undertale consegue te fazer criar uma forte conexão com ele e toda metalinguagem que é empregada ao longo do jogo. Certamente um dos grandes clássicos modernos.

44. RAYMAN (1995):

Adivinhem? Sim, OUTRA dívida da minha infância! Mas não deixe esse jogo bem humorado te enganar: ô trequinho difícil. Apesar disso, gostei muito de revisitar (e finalmente zerar) Rayman. Os visuais continuam maravilhosos, a vibe do jogo é muito boa e os desafios deixam a experiência bem satisfatória mesmo você tendo que farmar vida de vez em quando.

45. T’AI FU - WRATH OF THE TIGER (1999):

Um jogo que há anos eu tentava me lembrar do nome e que finalmente me recordei graças a um amigo no Twitter. T’ai Fui não é excepcional em nada: o combate é essencialmente um button smash contínuo de um único combo e os desafios de plataforma são os básicos do básico. Nostalgia foi um fator importante pra mim, mas acredito que o jogo tem uma qualidade de diversão mesmo com todos seus problemas.

46. ROCKET KNIGHT ADVENTURES (1993):

Um dos melhores jogos de plataforma que joguei esse ano e uma das melhores experiências cinemáticas (no sentido do ramo da física mesmo) que eu já tive no gênero. Um jogo que simplesmente não para por um segundo, se diversificando dentro da mesma fase de tal forma que você nunca sente ele se repetindo e mantém a gameplay recheada de energia.

47. BEYOND GOOD & EVIL (2003):

Beyond Good & Evil vai ser o exemplo que eu usarei daqui pra frente pra retratar quando “o todo é maior que a soma das partes”. Isso porque se você analisar as mecânicas individualmente eles não são tão fantásticas e o jogo nem procura se aprofundar muito nelas. Porém em conjunto elas formam uma jogabilidade não inovadora, mas que se renova ao longo playthrough. Você nunca fica entediado e, somado ao carisma dos personagens e universo do jogo, você sempre está motivado a continuar jogando.

48. THE ULTIMATE DOOM (1995):

Mais uma das minhas “pendências gamers” que eu tinha na vida por nunca ter jogado Doom na minha infância ou adolescência. Claro que é jogo véio, mas o gameplay dele permanece cheio de energia e é a escolha perfeita pra distrair a cabeça depois de um dia estressante no trabalho pela simplicidade da sua jogabilidade que foca numa ação frenética e descompromissada em que você só precisa se preocupar em explodir a cara de qualquer demônio que aparecer na sua frente,

49. TEENAGE MUTANT NINJA TURTLES — TURTLE IN TIME (1992):

Eu estaria mentindo se dissesse que a nostalgia não desempenha um fator fundamental pelo tanto que eu curto esse jogo, mas de qualquer forma acho que ele tem qualidades genuínas e não apenas um jogo do passado que a gente curte porque fez parte da infância. Mesmo que os visuais e jogabilidade deriva demais de outros beat’em ups da própria franquia que já tinham sido lançados pra consoles e Arcade, Turtle in Time é um dos melhores títulos da sua época.

50. FINAL FANTASY V (1992)

Eu tinha uma “maldição” desde que comecei a jogar RPGs onde eu nunca conseguia zerar um Final Fantasy. E o verbo ter está no pretérito imperfeito porque a “maldição” foi quebrada. Esse ano consegui fechar Final Fantasy V que é o primeiro da franquia que eu me lembro de ter jogado e foi um bom (re)começo. Ele tem uma simplicidade que me encanta, tanto nos visuais quanto na narrativa, com aquele charme de RPG antigo. Sem contar que a customização de classes do sistema de jobs dele permite tantas combinações diferentes que faz valer a pena ficar testando diversas formações e estratégias.

51. ARCANA (1992):

Não posso dizer que gostei de Arcana, mas também não sei dizer se desgostei. Dependendo do meu humor no dia talvez eu classifique ele como razoável. Tirando os visuais inspirados em tarô que o distingue dos demais dungeon crawlers da época, não tem nada na história e nem na jogabilidade de Arcana que o torne particularmente interessante. Fora que o design das dungeons é o mais superficial e genérico possível onde o jogo se limita a fazer mapas enormes sem qualquer outro tipo de desafio que não seja enfrentar monstrinho.

52. DRAGON QUEST I (1986):

Mais um RPG antigo pra lista. Já que eu estava no embalo de finalmente zerar um Final Fantasy resolvi concluir outra pendência que era o fato de eu nunca ter jogado um Dragon Quest na vida. Não posso dizer que o primeiro título da franquia foi uma experiência que eu particularmente gostei porque o grind desse jogo é absurdo tornando o gameplay chato de doer, ,as foi uma experiência interessante entender o valor histórico e a contribuição que o jogo teve para o gênero de RPG.

53. COLD FEAR (2005):

Um jogo que teria se beneficiado demais se não tivesse tentando ser um survival horror e ter ido direto para ação. Uma jogabilidade genérica, uma trama fraca e cheia de clichês, personagens desinteressantes, navegação confusa pela falta de um mapa, uma gameplay que consegue ser muito chata mesmo sendo tão curta, etc. O jogo não sabe aproveitar o que tem de diferente e entrega uma experiência completamente esquecível

54. MIGHTY MORPHIN POWER RANGERS — THE MOVIE (1995):

Num surto nostálgico acabei jogando os duas adaptações do filme dos Power Rangers de 1995 pros consoles, uma pra SNES e outra pra Mega Drive. Do filme os dois jogos tem muito pouco e a versão do Mega Drive, mesmo tendo visuais melhores e a possibilidade de usar os Megazords, me decepcionou por ser um beat’em up genérico. Já a versão do SNES é um jogo de ação até competente com uma jogabilidade mais criativa. Num mundo perfeito esses dois jogos se fundiriam pra fazer um melhor, mas como estamos na Terra eu fico só com a versão de SNES mesmo.

55. FIGHT ‘N RAGE (2017):

Esse ano eu recuperei meu gosto por beat’em ups e graças a um colega do Twitter eu tive o prazer de conhecer Fight’ N Rage esse ano, um jogo que é essencialmente uma carta de amor a todos os clássicos do gênero. Com dezenas de referências, o jogo traz muito do espírito daquela época ao mesmo tempo que moderniza a jogabilidade para construir uma gameplay divertidíssimo com alto valor de replay pelas diferentes rotas que você pode seguir.

56. DRAGON QUEST II (1987):

Equilíbrio é tudo, né? Ao mesmo tempo que eu tive uma das melhores experiências do ano com Fight ‘N Rage eu tava passando raiva com Dragon Quest II. Apesar de ser tecnicamente superior ao primeiro em termos de sistema de batalha e apresentação geral, a experiência de jogo é absurdamente frustrante dada a dificuldade desbalanceada que torna a progressão uma tarefa dolorosa e desanimadora de se concluir.

57. MEGA MAN 7 (1995):

Mega Man 7 fica muito na zona de conforto da fórmula padrão do Mega Man clássico e assim não traz muitas novidades pra franquia em termos de jogabilidade. Os gráficos e a trilha sonora estão ótimas, utilizando toda a potência do SNES, e a dificuldade é bem moderada comparada a outros títulos. É mais do mesmo, porém o jogo não decepciona no fator diversão

58. SUPER CHICKEN JUMPER (2021):

Uma das decepções mais dolorosas que eu tive esse ano com jogos, justamente porque eu gosto tanto do conteúdo do Gemaplys que queria muito ter gostado do jogo dele. Porém, apesar dos visuais e música muito bons, a gameplay de Super Chicken Jumper é pura frustração dado o algoritmo de RNG que cria cada fase, gerando diversas vezes sequências de obstáculos impossíveis de passar.

59. HALF-LIFE (1998):

Eu tô chegando bem tarde aos clássicos, mas tudo bem, importante é jogar. Sempre ouvi o quão bons eram os jogos da franquia Half-Life e agora, depois de zerar o primeiro, eu entendo. É um jogo fantástico na imersão, ritmo e linguagem. Half-Life nunca subestima sua inteligência e sua jogabilidade entretém por horas a fio parecendo que poucos minutos se passaram. Jogo fantástico e uma das minhas gameplays favoritas do ano.

60. IMPOSTOR FACTORY (2021):

Um dos jogos que eu estava mais aguardando no ano e fico feliz dele concluir (ou não) tão bem a série. Visualmente lindo e emocionalmente impactante, embora eu ache que o 3º ato não consegue alcançar a mesma carga dramática do 2º, que é sem dúvidas uma das narrativas mais envolventes que o Kan Gao já fez. Com certeza valeu cada minuto!

61. DRAGON QUEST III (1988):

O último capítulo da minha saga sobre conhecer os primórdios Dragon Quest chega ao fim e felizmente com um jogo que eu curti de fato. Dragon Quest III traz a mesma melhoria que Dragon II trouxe em relação ao primeiro com o adicional de não ter uma dificuldade criminosa que torna o gameplay uma experiência tão insuportável. Com um novo sistema de classe e uma evolução na narrativa, Dragon Quest 3 se estabelece como uma excelente referência para o gênero de RPG e consegue envelhecer muito melhor que seus dois antecessores.

62. SWORD OF VERMILION (1990):

O que chamou a minha atenção para Sword of Vermilion foi a sua jogabilidade que mistura diversas mecânicas como exploração de mapas em primeira pessoa e combate em tempo real tanto com vista por cima quanto por vista lateral que foi algo bem ambicioso pra época de lançamento do jogo. Contudo a gameplay dele vai ficando cada vez mais enfadonha conforme mais horas de jogos se passam pela jogabilidade ser muito repetitiva, com um combate chato sem qualquer desafio novo. Vale pela curiosidade, mas não é algo que marca tanto assim.

63. HALF-LIFE 2 (2004):

Me vejo aqui na mesma situação em que eu estava quando zerei Okami e Mother 3 porque não sei como falar de Half-Life 2 sem cair numa rasgação de seda infinita. Tudo que Half-Life tem de bom eu considero que Half-Life 2 tem de melhor. Narrativa muita melhorada utilizando ainda mais o visual storytelling, mais atenção dada aos NPCs, level design estupendo (te amo, Ravenholm) e uma gameplay com uma energia que nunca esgota. Eu não sou muito versado em FPS para fazer essa afirmação valer muito, mas de qualquer forma Half-Life 2 é um dos melhores expoentes do gênero que eu já tive o prazer de conhecer.

64. THE CROOKED MAN (2012/2018):

Durante um tempo da minha adolescência e também início da vida adulta eu frequente alguns fóruns de RPG Maker e nessa comunidade conheci pequenos jogos indie que me lembro até hoje. The Crooked Man foi um deles e recentemente descobrir que ele fazia parte de uma antologia de quatro jogos que a autora lançou durante esse tempo. Motivado a conhecer a série como um todo, resolvi visitá-lo e felizmente continuo curtindo muito ele. Apesar dos puzzles não serem grandes coisas, a atmosfera melancólica me prendeu assim como os paralelos que a trama faz com o protagonista e o antagonista.

65. THE SAND MAN (2014/2018):

Dando continuidade na antologia de The Strange Men agora com o mais que satisfatório The Sand Man. Uri, a autora dessa série, evoluiu bastante e fiquei feliz em ver que ela não tentou criar um The Crooked Man 2.0, sentindo-se confortável suficiente para explorar novos formatos e novos tons na sua história. E numa questão de game design como um todo ela melhorou bastante também. Ótima sequência!

66. THE BOOGIE MAN (2015/2018):

Três já foram, falta um! Eu tive algumas ressalvas quanto a gameplay de The Boogie Man por conta da resolução de alguns puzzles, mas a atmosfera do jogo compensa demais. Seguindo uma narrativa de thriller psicológico, esse foi o mais intenso da série em termos de gore e me surpreendeu como a autora conseguiu combinar algumas das ferramentas literárias do gênero, como as clássicas pistas falsas, na jogabilidade. Excelente!

67. THE HANGED MAN (2017/2018):

O último capítulo da antologia dos Strange Men. Fecha muito bem essa série, apesar de não ser uma história contínua e sim uma coletânea de diversas “aventuras” vividas por diferentes personagens no mesmo universo. Atmosfera inquietante como sempre e puzzles bem criativos. Não me impressionou tanto quanto os outros, mas não por uma questão de falta de qualidade (até porque o jogo é muito bom) e sim porque foi uma série consistentemente boa em todos os seus títulos. Mas fechado a antologia posso dizer que recomendo cada um dos capítulos!

68. TITAN QUEST (2006/2016):

O primeiro contato que tive com Titan Quest foi anos atrás durante o Ensino Médio, mas por conta do adolescente impaciente que eu era abandonei o jogo ali pela metade da campanha base. Hoje anos depois me descobri profundamente apaixonado no universo que esse jogo estabelece com diferentes mitologias (grega, egípcia, chinesa, etc). Não sou chegado muito a essa jogabilidade aos moldes de Diablo, mas os belos cenários e o lore rico desse jogo me prenderam de tal forma que até o momento que eu escrevo esse pequeno parágrafo eu continuo explorando o seu universo.

PS: a quem interessar, fiz uma segunda thread traçando comentários rápidos a respeito das expansões que até então eu não tinha terminado

69. SUPER MARIO WORLD 2 — YOSHI’S ISLAND (1995):

Mais outro excelente título de plataforma para o SNES. O que mais me agradou em Yoshi’s Island é como o jogo se empenha a não ser um “jogo do Mario com o Yoshi” e desenvolve todo um visual e jogabilidade próprio que faz o jogo ter muita personalidade e conquistar esse espaço como mais um clássico dessa enorme franquia. Ainda que o Yoshi seja virtualmente invulnerável, a não ser que você num buraco, poço de lava e espinhos, o que deixa as boss battles um tanto fáceis, o jogo ainda consegue dar uma boa dose de desafio na gameplay.

70. CALL OF JUAREZ: GUNSLINGER (2013):

O último jogo do ano e fechou bem a lista. Nunca imaginei que ficaria tão engajado na narrativa de um FPS “arcade-style”, mesmo sendo de western que é um gênero que eu curto muito. O conceito de narrador não-confiável que vai alterando o gameplay conforme o personagem principal conta suas histórias foi maravilhosamente bem executado e compensa pelo gameplay que apesar de repetitivo e cheio de diversão e ação frenética.

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Meus parabéns se você chegou até aqui lendo todos os itens da lista. 2021 foi um ano bom em matéria de jogos pra mim, conheci muitos títulos fantásticos e me diverti bastante revisitando outros. Espero que isso se repita em 2022!

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Belmonteiro

Críticas, ensaios e artigos de opinião sobre jogos e o que mais der na telha no momento